Servidores do IFRR participaram de curso na área de bioeconomia

por Virginia publicado 13/12/2022 17h58, última modificação 13/12/2022 17h58
Já ocorreram as duas primeiras etapas do curso (T1 e T2), de maneira on-line, e também a terceira (T3), durante a qual os participantes construíram as propostas de cursos na área de bioeconomia observando os arranjos produtivos de cada localidade de Roraima. Está prevista a realização da quarta etapa (T4), denominada de monitoramento para a implementação das propostas.

No período de 7 a 8 de dezembro, no Campus Boa Vista (CBV), um total de 11 servidores do Instituto Federal de Roraima (IFRR) participaram do curso Multiplicadores em Bioeconomia na Educação Profissional e Tecnológica na Amazônia-Roraima. Também participaram da capacitação mais dez servidores da Secretaria de Estado da Educação e Desporto (Seed/RR).

A oferta do curso foi resultado da participação do IFRR no Edital 94/2022 do Ministério da Educação por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec). A partir disso, foram capacitados os multiplicadores, que, posteriormente, irão atuar na instituição implementando os itinerários formativos para qualificação profissional de trabalhadores nas cadeias produtivas e de valor da bioeconomia do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT), podendo se dar por meio de certificações intermediárias de cursos técnicos de nível médio, considerando-se as ocupações previstas na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), que prevê pelo menos 52 cursos no âmbito das cadeias produtivas e de valor da Bioeconomia.

Fase atual – Já ocorreram as duas primeiras etapas do curso (T1 e T2), de maneira on-line, e também a terceira (T3), durante a qual os participantes construíram as propostas de cursos na área de bioeconomia observando os arranjos produtivos de cada localidade de Roraima. Está prevista a realização da quarta etapa (T4), denominada de monitoramento para a implementação das propostas.

Próxima fase – Para multiplicar o curso ofertado, as instituições definirão grupos preferenciais a serem atendidos, entre eles agricultores familiares, mulheres, jovens, povos indígenas, comunidades tradicionais e grupos vulneráveis, bem como outros profissionais da área de bioeconomia.

A iniciativa da Setec/MEC integra o Projeto Profissionais do Futuro – Competências para a Economia Verde, que visa ampliar a formação de técnicos e a qualificação profissional para o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis, além de fomentar os conceitos da bioeconomia e da economia verde, que permitem aos setores produtivos a realização do trabalho com baixo impacto ambiental.

O Edital 94 teve como foco os estados da Amazônia Legal, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Mato Grosso, Maranhão, Tocantins, Rondônia e Roraima, priorizando-se as instituições pertencentes à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, os serviços nacionais de aprendizagem e as redes de ensino dos estados e autarquias estaduais especializadas em educação profissional e tecnológica. Foram ofertadas 270 vagas para a formação de multiplicadores, sendo 30 para cada estado.

Para o professor Paulo Racoski, o curso está sendo bastante produtivo principalmente por estar focado na temática amazônica, na qual Boa Vista e Roraima estão incluídos, bem como as unidades do IFRR, contando-se os campi do interior. “Há uma demanda crescente, não somente na Capital, mas também no interior, e a bioeconomia faz parte das relações econômicas e do processo de desenvolvimento tecnológico, científico e da inovação. Em especial, há um foco no etnodesenvolvimento ou na ‘economia verde’, por meio do desenvolvimento sustentável, com vistas ao menor impacto nas questões amazônicas, na flora, na fauna e no meio ambiente”, disse.

Outro aspecto importante na discussão da bioeconomia no âmbito institucional, segundo Racoski, é que o IFRR tem alto grau de potencialidade, uma vez que os servidores têm uma forte ligação com essa temática. “Creio que muitos nem sabiam que tinham essa expertise. E, a partir da interação, das discussões nessa terceira etapa, percebeu-se que o instituto federal tem grande potencialidade para ajudar no desenvolvimento regional, além de cooperar com o desenvolvimento amazônico. Então, espera-se que, a partir dessa etapa, possamos contribuir com oferta de produtos e serviços que possam culminar em um desenvolvimento mais equânime e com menor impacto no meio ambiente, priorizando-se a redução da destruição da floresta, valorizando-se toda a dimensão da Floresta Amazônica”, complementou.

 

Virginia Albuquerque
CCS/Campus Boa Vista com informações do site: https://www.gov.br/mec
13/12/22