IFRR participa de debate sobre a implantação de um câmpus em Território Indígena

por Virginia publicado 13/04/2015 21h24, última modificação 13/04/2015 21h24
A professora Raimunda Maria Rodrigues Santos representou o reitor do IFRR, professor Ademar de Araújo Filho, na XXII Assembleia Estadual dos Professores Indígenas de Roraima, realizada no último dia 10 de abril, no Centro Regional Lago do Caracaranã, município de Normandia.

A professora Raimunda Maria Rodrigues Santos representou o reitor do IFRR, professor Ademar de Araújo Filho, na XXII Assembleia Estadual dos Professores Indígenas de Roraima, realizada no último dia 10 de abril, no Centro Regional Lago do Caracaranã, município de Normandia. A professora participou da mesa redonda sobre o tema “Implantação de câmpus em Território Indígena”, para atender demandas do ensino superior, cursos técnicos, nas formas presencial, Ead e salas multimídias.

Além do IFRR, a mesa foi composta por representantes da Universidade Estadual de Roraima e o Centro Universitário Claretiano, os quais discutiram e respnderam a questionamentos dos alunos, professores e demais lideranças indígenas sobre as políticas públicas de educação previstas e em execução nessas instituições.

Ao IFRR foram dirigidas perguntas a respeito da proposta de implantação de um câmpus na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, com ênfase à participação das lideranças indígenas na gestão, na construção do currículo, na elaboração da proposta pedagógica, formação do quadro de recursos humanos, além de esclarecimentos sobre perspectivas institucionais de respeito às demandas e às especificidades culturais dos povos indígenas de Roraima no desenvolvimento do projeto, caso seja por eles aprovado.

A professora Raimunda Rodrigues fez uma síntese das atividades desenvolvidas no âmbito dos diferentes programas da extensão e do ensino; dos cursos técnicos oferecidos pela Diretoria de Políticas de Educação a Distância (Dipead); sobre a implantação do câmpus, explicou a origem da proposta, razões de se ter realizado visitas às Comunidades Maturuca e Barro, colocando a instituição em aberto para novos convites; explanou sobre a necessidade de concurso público para ingresso na rede federal de ensino e as perspectivas de se garantir a representatividade dos povos indígenas de Roraima na condução do processo educativo, caso os diálogos entre as lideranças resultem na aceitação da proposta.

O debate envolveu ainda reflexões sobre iniciativas de formação continuada para professores indígenas, a partir das seguintes indagações: Que professores temos? Que professores queremos?  Discutiu-se a qualidade dos cursos superiores ofertados, destacando-se a importância das instituições e os alunos compreenderem o sentido de educação, diferenciada e específica. A professora Natalina da Silva Messias explicou que as leis recomendam que “a Educação Escolar Indígena seja específica porque deve respeitar a cultura de cada povo; diferenciada, porque se faz em diferentes espaços e envolve diferentes saberes”.

Segundo a professora Raimunda Rodrigues, as assembleias são momentos importantes para se esclarecerem as dúvidas das lideranças indígenas sobre fatores políticos, sociais e econômicos envolvidos na implantação de cursos técnicos e superiores, bem como para se criar um câmpus em terras indígenas. “O IFRR tem buscado manter um diálogo permanente com as organizações indígenas de forma que a proposta de implantação de um câmpus na Terra Indígena Raposa Serra do Sol faça parte da agenda de debates de suas lideranças e comunidades. Acreditamos que a execução desse projeto irá contribuir não só para a difusão de informações sobre os processos históricos pelos quais passaram os povos indígenas de Roraima, mas também para a busca de respostas aos problemas e expectativas das comunidades, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região”, concluiu.

Fonte: CCS/Reitoria

13/04/2015

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