Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência é o primeiro tema da calendarização especial organizada pelo IFRR

por Sofia Lampert publicado 11/02/2021 17h20, última modificação 11/02/2021 18h53
Em 11 de fevereiro, comemora-se o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A data abre a campanha “Que Dia é Hoje? Venha Descobrir com o IFRR”, deflagrada pela Assessoria de Comunicação da Reitoria do Instituto Federal de Roraima para divulgar datas comemorativas de cunho científico e de responsabilidade social

Em 11 de fevereiro, comemora-se o Dia Internacional das Mulheres e  Meninas na Ciência.  A data abre a campanha “Que Dia é Hoje? Venha Descobrir com o IFRR”, deflagrada pela Assessoria de Comunicação da Reitoria do Instituto Federal de Roraima para divulgar datas comemorativas de cunho científico e de responsabilidade social, com exemplos práticos de estudo, pesquisa ou ação de extensão realizados, preferencialmente, no âmbito da instituição, por servidores e estudantes.

O Dia Internacional de Mulheres e de Meninas na Ciência foi criado em 2015 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e pela Organização das Nações Unidas (ONU) para estimular a participação feminina na pesquisa científica e tecnológica.

Em conexão com essa data, pesquisadores do IFRR têm se empenhado para envolver estudantes do sexo feminino em pesquisas científicas no âmbito institucional.  Um exemplo de divulgação desse trabalho é a live “Meninas na Ciência”, transmitida no segundo semestre do ano passado e veiculada no canal Espaço do Saber, criado e mantido pela professora Maria Celina de Assis, servidora aposentada do IFRR. Ele pode ser acessado pelo link https://www.youtube.com/watch?v=CG59tJjiyII. 

Além da referência acadêmica, os interessados poderão conferir duas dicas culturais: uma publicação que traz nomes de mulheres importantes para a história da ciência e um filme que inspira a participação da mulher nessa área, mudando a história da humanidade no espaço. As sugestões são da programadora visual Jayne Thomé e do assessor de comunicação do IFRR, Gildo Júnior, respectivamente. Ele explicou  que proposta da série comemorativa, inaugurada a partir desta data, tem como foco a divulgação nas redes sociais do instituto: @ifrroficial no Instagram e no Facebook.

Referência acadêmica

A professora Celina, mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, integra o quadro dos servidores aposentados do Instituto Federal de Roraima, onde atuou de 2006 a 2017. Ela também trabalhou como professora convidada na Universidade de Lisboa (Portugal). Hoje ela mantém o canal independente Espaço do Saber. Para compreender um pouco mais o objetivo da live, acompanhe as respostas da docente às perguntas feitas pela autora da matéria sobre a ação realizada:

Sofia Lampert – Qual foi o seu objetivo em realizar uma discussão sobre a participação feminina na ciência?  

Professora Maria Celina – Uma das principais motivações foi evidenciar as instituições de ensino público  federais como espaço de desenvolvimento de pesquisa com qualidade e focadas nas demandas socias, bem como dar visibilidade ao papel e às contribuições fundamentais das meninas e das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica, além de falar do compromisso dessas instituições com a promoção da equidade de gênero na ciência,  comprometendo-se a estar em consonância com os objetivos e a importância da presença feminina no desenvolvimento científico.

Sofia Lampert – Como foi feita seleção das debatedoras da live?

Professora Maria Celina – A escolha das meninas entrevistadas obedeceu ao critério de convidar instituições de diferentes regiões do Brasil. De norte ao sul do Brasil, tivemos a participação de diversos níveis do ensino (graduandas, mestrandas e doutorandas), oriundas das seguintes instituições: Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade Federal de Roraima (UFRR), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Então, colocamos em destaque a representante do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS/Campus Osório), Juliana Estradioto, que, entre tantas condecorações e prêmios, teve seu nome dado a um asteroide, fruto de um prêmio internacional que recebeu por suas descobertas.

Sofia Lampert – Acredita que a fala dessas pesquisadoras possa ser representativa para os jovens na carreira científica, sobretudo no que tange à participação feminina?

Professora Maria Celina – Sem dúvida. Apresenta-se como elemento motivador para que mais meninas, sobretudo na educação básica, já comecem a pensar na construção da escrita científica a partir de ações investigativas. Ademais, o jovem, e a sociedade como um todo, precisa perceber e aprender que a prática do pensamento investigativo revoluciona e evolui o seu processo de aprendizagem na solução de problemas cotidianos, e efetivamente proporciona uma melhor qualidade de vida em diferentes contextos da vida e para a evolução humana.

A professora explicou ainda que o canal não está vinculado a nenhuma instituição, tendo como objetivo ampliar o debate científico para a sociedade, num contexto de negacionismo da ciência. Além do tema abordado na live, o canal discute questões nas áreas de literatura, pesquisas acadêmicas, entre outras, destacando estudos divulgados por relevante associação da área educacional. Quem tiver interesse em saber mais, basta acompanhar o Espaço do Saber.

Dicas culturais relacionadas à data comemorativa

Livro

Existem diversas obras que retratam a importância da mulher para a ciência. A dica de obra literária relacionada à data comemorativa em questão foi enviada pela moderadora do grupo Leia Mulheres em Boa Vista/RR, Jayne Thomé, que é servidora do IFRR e exerce o cargo de programadora visual na Reitoria. Trata-se do livro As cientistas: 50 mulheres que mudaram o mundo, de Rachel Ignotofsky, publicado em português pela Editora Blucher em 2017. “O livro traz uma forma divertida de conhecer o trabalho de diversas cientistas pelo mundo afora e o impacto que as descobertas tiveram em nossa sociedade e em nosso modo de viver”, disse Jayne.

A servidora aproveita a oportunidade para convidar a comunidade a participar do clube de leitura, criado em 2015, que já está em mais de 100 cidades no Brasil e em algumas cidades no exterior. Ela explica que o objetivo do projeto é dar visibilidade feminina no mercado editorial, incentivando a leitura de livros por mulheres, de clássicos a contemporâneos. Para saber mais sobre a proposta e participar dos encontros, que ocorrem de forma on-line, é só acompanhar as atividades no perfil do grupo no Instagram:  instagram.com/leiamulheresboavista.

Filme

 Outra sugestão é o filme “Estrelas Além do Tempo”. Trata-se de uma produção recente, que chegou aos cinemas brasileiros em 2018, com grande bilheteria. A obra, baseada em história real, também registrada em livro, conta a história de três cientistas negras que trabalharam na Nasa na década de 1960 e que colaboraram para a conquista espacial.

A dica é do assessor de comunicação do IFRR, Gildo Júnior. “A obra é inspiradora para meninas e mulheres para adentrarem a carreira científica, ainda mais para aquelas que enfrentam o preconceito racial”, disse. Ele complementou sua fala afirmando que, apesar de a narrativa ocorrer num contexto em que o apartheid ainda estava vigente, hoje ainda se faz necessário discutir feminismo e cultura antirracista, diante da violência contra as mulheres e as pessoas negras.

O longa-metragem, que tem pouco mais de duas horas de duração, está disponível em uma plataforma de filmes on-line que pode ser utilizada gratuitamente durante trinta dias. Diversos sites educacionais sugerem a discussão da obra em sala de aula por conta da relevância dos temas abordados.

(*O título original de “Estrelas Além do Tempo” é Hidden Figures, que, em tradução literal, significa figuras escondidas.)

Histórico sobre a campanha

O assessor de comunicação do instituto, Gildo Júnior, esclarece que já existe um trabalho de calendarização no IFRR, inclusive como estratégia de comunicação com seus públicos, principalmente nas redes sociais. No entanto, destaca o diferencial da campanha. “Esta calendarização será especial, pois vai trazer o diálogo com algumas de fontes do IFRR, ampliando a discussão, e o referencial acadêmico sobre temas de grande relevância social inerentes às áreas científica, tecnológica, sustentabilidade, direitos humanos, cidadania, entre outros”, comentou.

Além da referência acadêmica, será feita a indicação de referências midiáticas, entre elas livros, filmes e séries que tenham a ver com a proposta do tema da data a ser celebrada, visando estimular a discussão sobre ele. Por questões de organização, a proposta é que seja divulgada a campanha de uma a duas vezes por mês. A próxima data prevista para ser destacada é a do Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, com enfoque nas questões de sustentabilidade.

Para o envio de outros esclarecimentos sobre a calendarização, basta entrar em contato com a Ascom pelo e-mail ascom@ifrr.edu.br.

  

Ascom/Reitoria
Texto: Sofia Lampert
Revisão: Antonio Matos
Layout: Jayne Thomé 
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