Palestra sobre a identidade dos IFs encerra V Fórum de Integração

por Rebeca publicado 30/11/2016 18h55, última modificação 30/11/2016 18h55
Com o tema “A identidade dos IFs: desafios da gestão, do ensino, da pesquisa e da extensão”, a doutora do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Marcelina Maschio fez a palestra de encerramento do V Fórum de Integração do Instituto Federal de Roraima, que termina nesta quarta-feira, dia 30, no Campus Boa Vista Centro.

Com o tema “A identidade dos IFs: desafios da gestão, do ensino, da pesquisa e da extensão”, a doutora do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Marcelina Maschio fez a palestra de encerramento do V Fórum de Integração do Instituto Federal de Roraima, que termina nesta quarta-feira, dia 30, no Campus Boa Vista Centro.

A pesquisadora narrou que tem acompanhado, desde a implantação dos IFs, em 2008, a forma como seria esse ente institucional chamado instituto. Falou da trajetória da Escola Técnica – um projeto que deu muito certo e, por isso, evoca certo saudosismo –, passando pelos Centros Federais (Cefets), quando houve mudança na forma de oferta e a escola passou a fazer pesquisa, extensão e pós-graduação, até chegar à criação dos IFs.

Com a Lei 11.892/08, a pesquisadora comentou que um novo ente foi criado, com responsabilidades que vão desde a qualificação até a pós-graduação em nível de stricto sensu. “Nós temos alguns posicionamentos internos com características mais voltadas à universidade clássica, e, por outro lado, tem a missão que o instituto traz, que é o seu papel social. Então, essas discussões não podem passar desapercebidas no seu interior”, disse.

Conforme Marcelina, é preciso que se reflita, que se discuta que, apesar de existir o aparato legal, a lei, que diz que os IFs precisam ofertar 50% de cursos técnicos, 20% de licenciatura e 30% de outros cursos, existe o que é real, a necessidade que vem de fora.  “A gente pergunta: qual de nós tem conseguido cumprir essa lei? Em que pontos estamos efetivamente cumprindo o papel dos institutos federais? Este é o momento para discutirmos, até para que o nosso projeto não se perca”, avaliou.

Ela citou que tem muitos potenciais novos chegando, gente com grandes expectativas, e, se a instituição não tiver um direcionamento bem seguro para entender qual é o seu papel na educação brasileira, será difícil discutir essa identidade.

Quanto aos desafios para construir essa identidade, Marcelina comentou ser necessário estudos e pesquisas para se criarem indicadores apontando o que está sendo feito, o que está sendo cumprido, qual o papel do IF, em que se difere de uma universidade clássica e de uma escola de educação básica. “Afinal de contas, que nova institucionalidade é essa de 2008 para cá, para que a gente consiga dar o direcionamento e o rumo aos institutos federais”, disse.

A palestrante apresentou, de forma sucinta, 16 indicadores da identidade dos IFs que determinam de que forma essa institucionalidade chamada instituto federal ocorre, refletindo pontos como para onde está caminhando, aonde quer chegar, quais são as metas.

Ela também destacou a diferença entre expansão e interiorização. Disse que, às vezes, se pensa que são a mesma coisa, mas não são. A rede foi expandida para as grandes cidades, mas 84% das cidades brasileiras possuem menos de 30 mil habitantes. “Quando a gente fala em interiorização, estamos falando em atender pessoas que nunca sonharam que, na cidade delas, fosse ter um campus, que não sonhavam em ter uma formação”, explicou, acrescentando que onde um IF se instala ali se forma um potencial para o desenvolvimento de novas tecnologias, novos produtos, novos serviços, um potencial de inclusão no seu entorno, de um papel social muito forte com relação à implantação dos institutos.

 

 

Rebeca Lopes

Assessoria Forint

30/11/16